segunda-feira, julho 18, 2011

Vila Nova de CerveiraMais antiga bienal de arte do país homenageia escultor José Rodrigues

José Rodrigues foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Árvore, no PortoTrinta e três anos depois dos primeiros ensaios, a Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira atingiu maturidade, é hoje uma exposição internacionalmente reconhecida, garantiu estabilidade financeira e presta este ano tributo a José Rodrigues. Hoje, dia em que abre portas para dois meses de exposição, este ano alargada às cidades do Porto e Vigo, na Galiza, o Presidente da República vai estar na "vila das Artes" para presidir à inauguração da décima sexta edição e à homenagem ao escultor José Rodrigues, através de uma conferência e de uma mostra de maquetas de cenografia para teatro.José Rodrigues, que já dirigiu a bienal, foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Árvore, no Porto, e a sua obra plástica engloba domínios criativos como desenho, cenografia, medalhística, cerâmica, gravura e sobretudo a escultura, tendo obras expostas em diversos espaços tanto nacionais como estrangeiros.Até 17 de Setembro vão estar expostas 115 obras de 82 artistas de 14 países, sobretudo de 3, Portugal, Brasil e Espanha. No entanto concorreram a esta edição mais de 400 artistas de 27 países, com um total de 725 obras, mais 34 por cento do que em 2009. Para além da homenagem a José Rodrigues, Cavaco Silva vai ainda entregar o Prémio Bienal de Cerveira, que ascende a 10 mil euros, o Prémio Revelação, no montante de 2.500 euros, e prémios de aquisição de obras no valor de até 37.500 euros.A descentralização da Bienal às cidades do Porto e Vigo, poderá, segundo a Fundação que organiza a Bienal, fazer elevar para 100 mil o número de visitantes durante os dois meses da exposição.Porto e Vigo acolhem este ano parte da oferta expositiva. A opção de alargar a área de influência geográfica da mostra internacional "deriva da vontade de fazer chegar o evento a um maior número de público", que neste caso corresponde à euro-região Norte de Portugal - Galiza, "servindo de ponte de ligação entre duas grandes cidades".No entanto, esta aposta já tinha sido iniciada em 2007 com a realização de mostras nos concelhos vizinhos do Vale do Minho e em alguns municípios galegos, como Porriño, Tuy e Goyan. Apesar de querer alcançar maior abrangência geográfica e reforçar os laços culturais transfronteiriços, o palco central da Bienal será em Vila Nova de Cerveira, com destaque para o Fórum Cultural, a Biblioteca Municipal e o Convento de San Payo.O programa da mostra de arte contemporânea integrará projectos curatoriais, performances, o concurso internacional, residências artísticas, ateliers e workshops, conferências e debates, visitas guiadas e concertos.A Bienal é, este ano, pela primeira vez, organizada pela Fundação da Bienal, reconhecida pelo Governo em Janeiro 2010. A Fundação veio assegurar estabilidade a um evento que, ao longo de mais de três décadas, se viu confrontado com dificuldades financeiras. © Público Comunicação Social SA